Caso Daniel Correa: família será indiciada por homicídio qualificado
Delegado disse que família envolvida na morte do jogador Daniel Correa mentiu durante depoimento
“Começaram mentindo, começaram inventado uma história”, diz o delegado Amadeu Trevisan, responsável pelo caso Daniel Correa, que garantiu indiciar Edison Brittes Junior, Allana Brittes e Cristina Brittes por homicídio qualificado e coação de testemunha.
A informação foi repassada durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (6).
“Logo após descoberta a autoria, eles mudaram a versão, eles tentaram modificar toda a primeira história”, conta o delegado que pretende concluir o inquérito em menos de 30 dias – prazo que dura a prisão temporária dos três, por ser um crime hediondo.
Depoimento Edison Brittes
O depoimento de Edison Brittes Junior, previsto para ocorrer nesta terça-feira (6), será realizado na quarta-feira. De acordo com Trevisan, o principal suspeito de tirar a vida do jogador Daniel Correa será ouvido pela primeira vez na delegacia de São José dos Pinhais e esclarecer pontos importantes da investigação.
Allana Brittes prestou depoimento na segunda-feira e disse que o pai orientou para inventar a história de que Daniel estava em ‘after’ em sua casa, e que havia saído pelo portão e tomado rumo desconhecido. Veja o depoimento completo.
“Eu sei que você tem namorado e ela é casada, só vou fazer xixi”, teria dito Daniel Correa, segundo a versão apresentada à polícia por Cristina Brittes. A mãe da jovem ainda deu mais detalhes do dia do crime e o momento que o jogador entrou no quarto.
Transferência de Allana e Cristina Brittes
Allana e Cristina, filha e esposa de Edison, respectivamente, devem ser transferidas para o 5º Distrito Policial, para onde são levadas presas provisórias da Região Metropolitana de Curitiba, de acordo com o delegado que vai analisar se há necessidade de novos depoimentos por parte das suspeitas.
Crime premeditado
O delegado responsável pelo caso disse que Edison não agiu por violenta emoção. “Não foi violenta emoção. Foi violenta emoção deles [outros suspeitos] também? A violenta emoção não se transmite”, ressaltou o advogado.
Para ele, é necessário observar os momentos que antecederam a morte do jogador Daniel. “O crime iniciou aquela manhã, temos que observar o lapso temporal. Houve muito tempo pra ser evitado”, explicou.
Laudo médico Daniel Correa
De acordo com um laudo do Instituto Médico Legal (IML), Daniel havia ingerido 13,4 dg/l de álcool por litro e não havia ingerido drogas. O laudo pode comprovar que Daniel foi assassinado sem chance de defesa, o que tornaria uma qualificadora no crime devido ao estado de embriaguez.
Assista à reportagem sobre o jogador assassinado Daniel Correa
Veja o que o delegado responsável pelo caso Daniel diz.
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