Hospital de Curitiba usa tecnologia de ponta e inova durante cirurgias

Em operações delicadas os métodos usados fazem toda a diferença e garantem a eficácia da cirurgia. (Foto: Reprodução RICTV Curitiba)

O Instituto de Neurologia de Curitiba (INC) aplica técnicas de vanguarda durante as cirurgias de seus pacientes

*Com informações de Guilherme Rivaroli, da RICTV Curitiba

Tiago Piovesan, engenheiro de qualidade, passou um susto quando descobriu um tumor do tamanho de uma bola de pingue-pongue no cérebro. Mas graças a tecnologia de ponta ele ainda está aqui para contar a história. Em operações delicadas os métodos usados fazem toda a diferença, garantem a eficácia da cirurgia e mudam a realidade do paciente. “É uma nova etapa”, confessa Tiago, pouco mais de seis meses depois de ter sofrido a intervenção médica.

É por isso que o Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), especializado principalmente em cirurgias cerebrais e cardíacas, aplica técnicas de vanguarda durante seus procedimentos. Entre os procedimentos inovadores estão a neuronavegação e o uso do ácido 5-aminolevulínico, conhecido como 5-ALA. Inclusive, usado apenas pelo INC em toda a América Latina.

Neuronavegação

Apesar de ser usado há vinte anos na Europa e nos Estados Unidos, o método ainda é pouco conhecido no Brasil. Através dele é possível localizar o tumor cerebral e tratá-lo de forma isolada. Em uma cirurgia tradicional, os médicos fazem uma exposição óssea ampla para identificar o local da lesão, o que aumenta o risco do paciente apresentar sequelas neurológicas motoras após a cirurgia. Infelizmente, o alto custo da máquina faz com que muitos hospitais continuem operando sem o uso da neuronavegação.

“Para localizar estruturas profundas no cérebro é muito difícil. O neuronavegador possibilita que durante a cirurgia, em tempo real, a gente saiba exatamente o ponto em que estamos. Isso faz com o tamanho da abertura seja reduzido e aumenta muito a precisão da cirurgia”, disse Ricardo Ramina, médico neurocirurgião do INC.

5-ALA

Já o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA), produto alemão, é um contraste, baseado em fluorescência, que indica com precisão a área do tumor. Ele destaca e torna a extensão afetada muito brilhante. Facilitando a retirada total do abscesso.

Tecnologia

Investimento em computação e maquinário para aumentar a assertividade na horas das cirurgias é uma das apostas do Instituto de Neurologia de Curitiba. A ideia é diminuir a chance de erro, aumentar a qualidade e trazer a segurança, principalmente, para o paciente.

Para incentivar o uso das novas tecnologias no tratamento de doenças e preparar outros profissionais, em novembro aconteceu o 4º Simpósio INC. O evento que durou dois dias contou com a presença do médico alemão Walter Stummer, do Münster University Hospital, responsável pelo desenvolvimento do 5-ALA e reuniu neurocirurgiões, neurologistas, oncologistas, radiologistas, neuropatologistas, neuroradiologistas e radioterapeutas na capital paranaense.

Assista à reportagem do Paraná no Ar:

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28 nov 2017, às 00h00.
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