Supremo analisa prisão de Maluf
Deputado federal afastado tem 86 anos e está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o começo do mês
*Do R7
O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) discutirá nesta quarta-feira (17) como o deputado federal afastado Paulo Maluf (PP-SP), de 86 anos, cumprirá a pena de sete anos e nove meses em regime fechado. Ele foi colocado em prisão domiciliar e está internado desde o último dia 6.
O político foi preso em dezembro do ano passado, por ordem do ministro Edson Fachin, que considerou que a defesa dele estava usando recursos protelatórios para evitar o cumprimento da pena. A condenação por lavagem de dinheiro ocorreu em maio de 2017.
Maluf se entregou à Polícia Federal em São Paulo e foi levado para a Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, onde ficou em uma ala especial e recebia atendimento médico. Na cadeia, ele já tinha dificuldades para se locomover e usava fraldas.
Porém, após ser internado em um hospital de Brasília, o ministro Dias Toffoli autorizou o político a cumprir prisão domiciliar em São Paulo, para onde ele foi levado no dia 30 de março.
Os médicos ainda ressaltam que ele não tem mais condições de andar, apesar de apresentar melhora do quadro de saúde.
A ação estava pautada para ser votada na semana passada, mas não houve tempo. Mesmo assim, o ministro Gilmar Mendes chegou, durante o julgamento do habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci, a criticar a decisão de Fachin, sem citar nomes. “Não se pode usar prisão provisória de velhos, idosos, octogenários para satisfazer perversão pessoal”, disse.
Maluf foi condenado por movimentações bancárias de US$ 15 milhões na ilha de Jersey, um paraíso fiscal. O dinheiro teria sido desviado quando o político era prefeito de São Paulo (1993-1996), nas obras da avenida Água Espraiada.
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