Vítima de estupro coletivo presta depoimento e passa por exames

Postagem sobre o crime no Twitter

Adolescente é mãe de uma criança de três anos. Três homens já foram presos

A jovem de 17 anos que teria sido estuprada por 30 homens e depois teve imagens publicadas nas redes sociais foi submetida a exames médicos na manhã desta quinta-feira (26). Segundo a avó da vítima, em entrevista à rádio CBN, ela foi encontrada por um agente comunitário na Praça Seca, zona oeste do Rio, e levada para a casa da família.

A avó disse ter ficado chocada com o vídeo, em que a jovem parece estar dopada e tem as partes intimas exibidas em tom de zombaria. Nas imagens, um dos homens afirma que ela teria sido abusada por mais de trinta criminosos. “Essa aqui, mais de 30, engravidou”, diz um homem não identificado.

“O vídeo é chocante, eu assisti, ela está completamente desligada”, afirmou a avó. Ela disse que a neta tem o hábito de frequentar comunidades e passar alguns dias sem dar notícias, desde os 13 anos. A família, no entanto, nunca teve notícias de que a moça sofresse abusos. A vítima é mãe de um menino de três anos.

EXCLUSIVO: avó de adolescente vítima de estupro coletivo diz que assistiu ao vídeo e fala sobre o crime

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) investiga se houve mesmo um estupro coletivo. A vítima já foi ouvida e as investigações estão sob sigilo. Segundo informações do Jornal Hoje, três homens já foram presos. Dois deles publicaram imagens da moça desacordada e nua e o terceiro seria um dos homens que aparecem no vídeo do abuso. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

A publicação e o compartilhamento de imagens da jovem violentada causou revolta nas redes sociais. Internautas pedem que as imagens não sejam compartilhadas.

Protesto

Em Curitiba está sendo marcada pelas redes sociais uma vigila em apoio à jovem que foi vítima do estupro. O evento está marcado para as 20h na Praça Santos Andrade e os organizadores pedem que os manifestantes levem cartazes, velas e copinhos descartáveis para evitar acidentes com as chamas.

“A vigília é um abraço de sororidade e luta de todas as mulheres nessa moça, mas também é um protesto contra a cultura e a naturalização do estupro, contra a culpabilização das vítimas e contra a PL 5069, do deputado Eduardo Cunha, que pretende tornar o aborto mais difícil para as mulheres vítimas desse tipo de violência absurda”, diz a descrição do evento.

26 maio 2016, às 00h00.
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