Suspeitos de matar quatro pessoas da mesma família são presos no Paraná

Família foi morta a facadas e tiros. Após o crime, suspeitos incendiaram a casa (Foto: Blog do Elói Turvo)

Caso aconteceu no dia 26 de junho em Baú, área rural de Turvo. Mentor do crime mantinha relacionamento com neta da idosa morta, que não aceitava o romance

Quatro homens foram presos suspeitos de matar quatro pessoas da mesma família na localidade de Baú, na área rural do município de Turvo, na região Central do Paraná. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos têm entre 18 e 33 anos. O crime aconteceu no dia 26 de junho.

Sebastião Fernandes Barreto, de 60 anos, Josefa Lopes Stempniak, de 66 anos, João Stempniak Filho, de 47 anos e Odete Aparecida Moraes, de 40 anos foram assassinados a facadas e tiros na propriedade da família. Após o crime, os suspeitos atearam fogo na residência. 

Após 60 dias de investigação, a polícia chegou ao mentor do crime, conhecido como “Neguinho”. Segundo a polícia, ele tem 33 anos e era ex-genro de Josefa. Atualmente “Neguinho” mantém um relacionamento com a neta adolescente da vítima, que está grávida do segundo filho. Em depoimento, ele alegou que a senhora não aceitava seu relacionamento com a neta e por isso decidiu matá-la. 

Devido à gravidade do crime, o delegado responsável pelo caso, Luiz Alberto Vicente de Castro, entrou com um pedido de prisão preventiva contra o suspeito. Ele foi preso no dia 10 de agosto, na casa onde morava, em Inácio Martins.

De acordo com a polícia, o homem confessou durante o interrogatório que teria contratado três homens, de 18, 22 e 23 anos, para matar Josefa. Ele ainda contou que ofereceu R$ 5 mil para o trio executar a família e colocar fogo na propriedade para não deixar nenhum rastro, conforme a polícia.

Os outros três suspeitos foram presos em suas residências no município de Inácio Martins, entre os dias 16 e 18 deste mês.

Segundo o delegado Castro, “Neguinho” estava recluso por conta de seu relacionamento com a menor. “Em 2011, ele foi preso em Irati, pelo crime de estupro de vulnerável, cumpriu sua pena e voltou a se envolver com a menina. Josefa não aceitava isto e fazia denúncias recorrentes contra ele no Conselho Tutelar da cidade”, ressaltou.

Os quatro foram encaminhados à Cadeia Pública de Guarapuava. Eles vão responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Se condenados, podem pegar mais de 30 anos de prisão.

31 ago 2016, às 00h00.
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