Secretário de Segurança do Paraná lamenta confronto entre PMs e manifestantes

Fernando Francischini garantiu que abusos serão investigados e reafirmou a participação de grupos radicas nos protestos

Durante entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (4) o Secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, lamentou o confronto entre policiais militares e professores, ocorrido na última quarta-feira (29), durante os protestos contra a votação do projeto que altera o Paranáprevidência. O episódio deixou mais de 200 pessoas feridas e transformou o Centro Cívico em uma verdadeira praça de guerra. Ele afirmou que nada justifica a ação da PM e que os excessos serão investigados.

“Não tem justificativa. Nós lamentamos o confronto e as imagens são terríveis. Nunca se imaginava que um confronto como esse terminasse de maneira tão lastimável. Nada justifica lesões e vítimas de ambos os lados. Por determinação do governador Beto Richa, iremos instaurar um inquérito policial com todo o rigor necessário para apurar qualquer tipo de abuso ou de excesso cometido durante as manifestações. Vamos designar um promotor de justiça para acompanhar todo os atos deste inquérito para dar transparência ao processo”, afirmou Francischini.

O secretário salientou, porém, que muitos dos manifestantes que estavam presentes no ato faziam parte de grupos violentos, como os black blocs e que eles iniciaram o confronto. Para comprovar a afirmação, foram exibidas imagens que comprovam a participação de grupos radicais no protesto. Nas gravações é possível ver alguns integrantes preparando bombas de cal que foram arremessadas contra os policiais.

“A atuação destes grupos radicais aconteceu e eles atuaram com a preparação de artefatos químicos para serem lançados contra os policiais. Um dia antes já tínhamos essa informação de que haveria a tentativa de invasão violenta da Assembleia Legislativa. Vamos preparar um inquérito que avalie também a atuação destes grupos radicais que foram o grande estopim deste confronto. Lamentamos que muitos professores acabaram atingidos.”, garantiu.

De acordo com o secretário, 20 policiais ficaram feridos e outras 90 pessoas procuraram o Instituto Médico Legal para realizar exame de corpo de delito. Todo o material já foi entregue ao Ministério Público do Paraná, que irá investigar se houve ou não abuso das forças públicas de segurança.

4 maio 2015, às 00h00.

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