Polícia alerta para proteção contra crimes na internet

Redes sociais são só algumas das ferramentas utilizadas pelos criminosos

O avanço da tecnologia trouxe comodidade para o dia a dia das pessoas, mas também perigos que até então não se pensava ao mundo virtual. Crimes contra o patrimônio, falsidade ideológica e contra a honra – calúnia, injúria e difamação – migraram para a internet e os casos são cada vez mais comuns.

O delegado-titular do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), Demétrius Gonzaga de Oliveira, alerta para alguns cuidados que as pessoas devem adotar para evitar os crimes na internet. Ele ressalta que o uso de equipamentos compartilhados, como em lan houses e cybercafés, merecem atenção, pois geralmente são estes os locais mais ligados aos crimes contra o patrimônio.

“Já em seus próprios equipamentos, os usuários devem instalar aplicativos para a proteção de seus equipamentos, como pacotes de segurança com antivírus e antispans, para dificultar ao máximo a invasão de hackers aos seus dados”, alerta.

Outro ponto que merece cautela, de acordo com o delegado, são os sites e redes sociais acessados por crianças e adolescentes. “Em uma tecnologia desse porte, com capacidade de estabelecer contato com pessoas de qualquer parte do mundo, evidentemente é necessário um certo controle”, ressalta. “Os pais devem ter um diálogo franco com os filhos, saber qual seu nível de responsabilidade e os contatos dos filhos na rede mundial de computadores”, disse.

Ele atenta para a linguagem que muitos criminosos, principalmente pedófilos e traficantes, utilizam para se aproximar das crianças e adolescentes. “Os criminosos conhecem as gírias, os hábitos e os gostos das crianças e adolescentes e, desta forma, conseguem se entrosar de forma muito mais cômoda com este público”, diz. “Muitos desses criminosos estabelecem contatos durante a madrugada. Quando os pais vão dormir, os filhos conversam com estranhos, trocam informações, dados e até marcam encontro”, ressalta.

Redes sociais

Facebook, Twitter e Instagram são só algumas das ferramentas utilizadas pelos criminosos virtuais. O delegado cita os perfis falsos, também conhecidos como “fakes”, em que terceiros criam perfis para tentar se aproximar das vítimas, principalmente adolescentes. “As pessoas devem tentar descobrir se aquele perfil é mesmo de algum conhecido e, se possível, fazer um contato para confirmar se realmente é aquela pessoa que está pedindo a solicitação de amizade”, diz o delegado. “Se houver alguma dúvida, deve-se optar por não aceitar a amizade, e sempre bloquear os dados. O máximo de privacidade nas redes sociais é sinal de segurança”.

Outra orientação preventiva diz respeito à exposição das pessoas nas redes sociais. “Evitar expor muitos detalhes da vida pessoal em redes sociais, pois isso permite que criminosos criem dossiês e, assim, consigam identificar endereços, locais de trabalho e lugares frequentados pelo usuário, sua família e amigos”, ensina o delegado.

24 jun 2015, às 00h00.
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