Mãe de Tayná se acorrenta em delegacia de Curitiba

O objetivo de Cleusa Cadoná da Silva era de chamar a atenção do MP para que faça a denúncia contra os quatro suspeitos de terem assassinado a menina

Os dois anos sem solução do caso Tayná, assassinada em circunstâncias misteriosas em junho de 2013 em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), levaram a mãe da menina,  Cleusa Cadoná da Silva a um ato de desespero: ela se acorrentou a um corrimão da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta quarta-feira (1.º).

O objetivo de Cadoná da Silva era, de acordo com o advogado da família, Luís Gustavo Janiszewski de chamar a atenção do Ministério Público para que faça a denúncia contra os quatro suspeitos de terem assassinado Tayná. “São dois anos de caso, que ainda não tem solução. Ela tomou essa medida impensada, sem a chancela dos familiares e a minha, porque quer uma solução para esta situação”, disse.

A mãe de Tayná foi atendida pelo delegado Marcelo Lemos e, segundo o advogado, saiu tranquilizada.

Ministério Público solta nota

A assessoria de comunicação do MP soltou uma nota acerca do caso Tayná. Nela, é informada que as investigações sobre a morte da adolescente em 2013, no município de Colombo, continuam em curso pela autoridade policial responsável, que vem cumprindo requisições de diligências solicitadas pelo MP-PR. Os autos, porém, tramitam em segredo de Justiça desde sua instauração, impossibilitando que qualquer detalhe do inquérito venha a ser divulgado.

Sobre os fatos envolvendo tortura, a assessoria informa de que o processo criminal contra 21 pessoas está em fase final de instrução. Em agosto de 2013, 16 policiais civis, um policial militar, dois guardas municipais e dois presos “de confiança” foram denunciados pelo Gaeco, à Justiça de Colombo, por envolvimento na tortura dos quatro rapazes que, inicialmente, foram apontados como suspeitos pela morte da adolescente.

Sobre a permanência dos quatro jovens no Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), o MP-PR esclarece que as informações sobre o programa e sobre as testemunhas protegidas são sigilosas.

1 jul 2015, às 00h00.
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