Grupo é acusado de aplicar golpe imobiliário em centenas de vítimas

Os suspeitos chegaram a vender um mesmo apartamento para mais de uma pessoa. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)

Mais de 100 pessoas teriam sido enganadas pelo grupo no Paraná. Líder da quadrilha está foragido nos EUA

Duas
pessoas foram presas pela Polícia Civil nesta terça-feira (3) durante a
operação “Sonhos Desfeitos”, deflagrada para desarticular uma quadrilha
responsável por aplicar golpes milionários na venda da casa própria. Mais de
cem imóveis foram negociados de forma irregular pelos suspeitos em Curitiba e
Região Metropolitana (RMC). O prejuízo às vítimas ultrapassam R$ 5 milhões.

Claiton Kaiser Vilaruel, sócio da Construtora Campina – envolvida na fraude –
foi preso em Maringá, e Edson de Freitas Godoi, que atuava como corretor de
imóveis, apesar de não possuir registro profissional para a função, foi preso
em Curitiba. 

O próximo passo das diligências é identificar novas vítimas do golpe e prender
Valdecir de Oliveira Tecchio, apontado como líder da quadrilha, que estaria
morando em Miami, nos Estados Unidos. Ele é considerado foragido e a Interpol
foi acionada pela Polícia Civil do Paraná para auxiliar no cumprimento do
mandado de prisão. 

Os policiais da Delegacia de Estelionato (DE) cumpriram ainda quatro mandados
de busca e apreensão – na residência dos investigados e na sede da construtora
Campina, que fica no Jardim Social, em Curitiba. Nos locais foram apreendidos
documentos que serão analisados e passarão por perícia. 

O delegado Wallace Brito, titular da DE, conta que a investigação começou há
seis meses, quando as vítimas, os donos de imóveis, procuraram a Delegacia de
Estelionato. A quadrilha mantinha uma construtora que fazia os empreendimentos
imobiliários com recursos advindos de empréstimos bancários. Os suspeitos
chegaram a negociar um mesmo apartamento com mais de uma pessoa. 

“Venderam vários imóveis bloqueados, sem condições de as pessoas usufruírem por
estarem hipotecados à instituição financeira. Induziram as pessoas em erro,
como se nenhum embaraço houvesse, se apoderaram do dinheiro e não pagavam a
instituição financeira. A empresa foi fechada e dono acabou fugindo para os
Estados Unidos”, explicou o delegado.

*Com informações da Polícia Civil

3 maio 2016, às 00h00.
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