Governo estadual fecha carceragens de delegacias e lota penitenciárias

Nesta quarta-feira (20), a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), juntamente com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) e com a Polícia Civil realizaram o fechamento simbólico da carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). De acordo com a administração estadual, a intenção é que sejam instalados comitês de transferência de presos em outras cidades do Paraná, para acabar com a superlotação também no interior.

Os presos que já tiverem o flagrante lavrado nas delegacias, devem seguir para o 11º Distrito Polícial. O DP, localizado na Cidade Industrial de Curitiba, está funcionando como um centro de triagem temporário, e deve passar por obras para ser ampliado. A ação visa desafogar as carceragens dos distritos e delegacias especializadas.

No entanto, a ação do governo tem causado ou outro problema: a superlotação das penitenciárias do Estado. Apenas em maio, depois que um policial foi morto durante motim em uma das carceragens, 1.200 presos foram transferidos para o complexo penitenciário de Piraquara em menos de dois meses.

Desde 2011, quando o governo estadual começou a promover as transferências, o número de detentos nas delegacias da capital caiu de 16 mil para cerca de 9 mil. Muitos foram beneficiados pelos mutirões realizados pelo Poder Judiciário, que concedeu liberdade provisória ou o direito de aguardar julgamento em liberdade. No entanto, boa parte deste número foi parar nas penitenciárias do Estado.

A Sesp afirma que está promovendo a ampliação de vagas nas penitenciarias e que 5 mil tornozeleiras eletrônicas foram compradas, o que ira permitir a libertação de centenas de detentos em condições de passar para o regime semi-aberto. Além disso, até o final de 2016, a previsão é de abrir mais 6.900 vagas em 20 novos presídios que estão sendo construídos.

21 ago 2014, às 00h00.
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