Gaeco deflagra segunda fase de operação que investiga crimes de corrupção na Receita Estadual

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Londrina, mas foram cumpridos em diversas cidades do Estado

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta sexta-feira (20) em Londrina, região norte do Paraná, a Operação Publicano, que é um desdobramento das investigações de crimes de corrupção na Receita Estadual no Paraná. Os agentes cumpriram 14 mandados de prisão preventiva e outros sete de prisão temporária. Além disso foram cumpridos ainda 30 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de condução coerciva, quando a pessoa é levada à delegacia apenas para prestar depoimentos.

O promotor de justiça Cláudio Esteves considera a operação do Gaeco uma das mais ousadas já realizada no Estado. O promotor contou ainda, que durante as investigações um dos alvos tentou corromper um agente do Ministério Público.

Todos os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Londrina, mas foram cumpridos em diversas cidades do Estado. Além de Londrina, a operação aconteceu também em Curitiba, Ibiporã, Bandeirantes, Maringá, Campina Grande do Sul e Alvorada do Sul. Alguns dos mandados ainda foram cumpridos fora do Paraná: em Palmital, no interior de São Paulo e em outras duas cidades do Rio de Janeiro, a capital e Angra dos Reis.

Entre os presos desta segunda etapa da operação estão o policial civil André Santelli, preso em Ibiporã, os auditores da Receita Estadual Rosângela Semprebom e Marco Antônio Bueno, além do ex-delegado da RE, Dalton Lázaro Soares e do empresário Stefan Ruthschilling, dono de uma distribuidora de combustível de Londrina.

A primeira fase da operação aconteceu no dia 5 de março, quando o Gaeco cumpriu 54 mandados de busca e apreensão e investigou crimes de enriquecimento ilícito de auditores fiscais e servidores estaduais, lavagem de dinheiro e pagamentos de propina. Na mesma data, o a Justiça acatou pedido do MP-PR e decretou a indisponibilidade de bens e a quebra de sigilo bancário e fiscal de aproximadamente 50 pessoas físicas e jurídicas.

A principal suspeita dos agentes é que os auditores cobravam propina para dar baixa em dívidas milionárias de empresários, além de usar laranjas para fazer a lavagem do dinheiro recebido como suborno.

20 mar 2015, às 00h00.
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