Cai de 7 para 2 o número de presos desaparecidos em Cascavel

Após nova conferência do número de apenados transferidos para outros estabelecimentos do estado e dos que continuam abrigados em alas não danificadas da penitenciária, a Scretaria de Justiça reduziu o número de desparecidos de sete para três. Foi constatada uma confusão com os nomes de alguns detentos no momento das transferências. Um dos três desaparecidos estava escondido embaixo de uma cama da unidade.

A quantidade de presos desaparecidos durante a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), foi reduzida de sete para três depois de nova checagem nas listas de transferidos. Foram 797 presos transferidos para outras unidades prisionais do Estado. As transferências fazem parte do acordo para pôr fim à rebelião, que teve início na manhã de domingo e durou quase 40 horas e destruiu mais de 80% da penitenciária. Durante inspeção realizada nas celas na tarde desta quarta-feira (27), policiais encontraram um dos presos desparecidos escondido embaixo de uma cama.

Mais cedo, a Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Seju), havia divulgado que sete detentos estavam desaparecidos. Segundo a secretaria, a falta dos detentos foi notada na tarde dessa terça-feira (26), depois da conferência do número de apenados transferidos para outros estabelecimentos do estado e dos que continuam abrigados em alas não danificadas da penitenciária. A Seju reduziu o número de desparecidos depois de constatar uma confusão com os nomes de alguns detentos no momento das transferências.

A secretaria também corrigiu o total de presos transferidos para outras unidades. Ontem, chegou a informar, em nota, que 851 dos 1.036 detentos haviam sido remanejados para a Penitenciária Industrial de Cascavel e estabelecimentos de Curitiba e Região Metropolitana, Guarapuava, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cruzeiro do Oeste e Maringá. Hoje, a assessoria do órgão informou que 797 presos foram transferidos.

Os outros dois presidiários que continuam desaparecidos podem estar mortos ou terem aproveitado o tumulto e fugido . As inspeções no local devem ser encerradas na próxima sexta-feira (29).

Desde ontem, peritos e engenheiros da Paraná Edificações – autarquia vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Logística – percorrem o interior da penitenciária, apurando os danos. Uma das alas mais danificadas, contudo, ainda não foi inspecionada, já que se temia o risco de desabamento. Não está descartada a hipótese de haver algum corpo no local, que foi bastante afetado pelo fogo e acumula muito entulho.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as causas e responsabilidades pela rebelião. De acordo com a secretaria, o motim começou quando agentes penitenciários distribuíam o café da manhã aos presos.

Durante a rebelião, cinco presos foram mortos e 25 ficaram feridos. Do total de feridos, cinco continuam hospitalizados. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns durante todo o tempo que durou o motim, mas foram liberados após a conclusão das transferências e de receber atendimento médico.

28 ago 2014, às 00h00.
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