Após rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel, políciais temem novos motins

O motim teve início às 6h30 da manhã de domingo (24). 9 agentes penitenciários serviam o café da manhã para 1.036 presos no momento em que a Penitenciária Estadual de Cascavel foi tomada pelos detentos. Os agentes penitenciários mantidos reféns só foram liberados 45 horas depois do início da rebelião.

As principais reivindicações eram por transferências, melhorias no tratamento, alimentação e alguns objetos, como televisões. 851 presos foram transferidos ao longo da madrugada para penitenciárias em Cruzeiro do Oeste, Maringá, Francisco Beltrão e para Foz do Iguaçu, mais próximas de onde vivem os parentes.

O coronel do 6º BPM Eudes Camilo comenta o temor de outras rebeliões. Confira na reportagem do Balanço Geral Oeste.

Das 9 galerias da penitenciária, 7 que haviam sido tomadas pelos detentos foram destruídas. Cerca de 200 presos permanecem na área que foi atingida. O Departamento Penitenciário do Paraná divulgou que 5 presos foram mortos e outros 25 ficaram feridos. A informação ainda não é definitiva.

Peritos vistoriam a unidade em busca de partes dos corpos esquartejados pelos amotinados. Exames de DNA devem apontar a identidade e confirmar o número real de mortos. Também há suspeita de fugas pelos dutos de esgoto durante a confusão, mas a informação ainda não foi confirmada.

Segundo o coronel do 6º BPM, dois líderes da rebelião foram identificados. A Defensoria Pública do Estado vistoria os trabalhos e aponta que a falta de funcionários contribuiu para o incidente. Ataques criminosos a um ônibus de transporte público, a um carro e uma casa chocaram a população, que teme novos crimes. Confira no vídeo:

26 ago 2014, às 00h00.
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