Ruralzão chega a sua fase emocional

O 100º Campeonato Paranaense chegou à sua mais desejada fase, o mata-mata. Uma forma de competição que emociona qualquer mero fã do esporte e por motivos óbvios. Jogos feitos para torcedores de corações fortes eu diria, pois não há uma rodada se quer que a emoção não floresça na alma de cada torcedor fazendo assim, renascer o mais antigo amor pelo futebol que estaria guardado em muitos há um certo tempo.

Faz tempos que não temos um “ruralzão” tão bem disputado e dessa vez o nosso tão querido paranaense ganhou um sotaque de interior, já que os times da capital com todo o seu tradicionalismo têm feito apenas participações coadjuvantes. Por mais que o Coritiba sustente a sua faixa de Tetra Campeão do Estado, suas atividades vêm sendo borradas pelo brilhantismo de times com menos historia na competição.

Diria que nesta fase em que nos encontramos, assim como em todo campeonato, o time surpreendente e que caiu no gosto dos amantes da competição é o Maringá. Em sua primeira participação na primeira divisão do paranaense, passou boa parte da primeira fase entre os primeiros e recebendo o título de a mais nova pedra no sapato dos grandes.

Já a maior decepção tem nome, sobrenome e um estádio em meio à polêmicas. Clube Atlético Paranaense e as peripécias de seu presidente Mario Celso Petraglia. Sua ideia mirabolante de poupar o time principal das vergonhas possíveis de um paranaense mal jogado, humilhar as jovens pérolas do CT do Caju lhe pareceu sábio. Por um ano fez-se bem, por outro trata-se de loucura.

O Paraná Clube me parece ser o time envolto pela neblina do engano. Começa bem, luta, mas ao chegar na finais, morre. Esperamos que neste ano, as efetividades Tricolor não sejam meras ilusões.

Para as considerações finais temos Londrina, JMalucelli e Rio Branco. Os velhos conhecidos e preocupantes das torcidas do trio de ferro, apesar de que nos últimos anos quem vêm sendo o grande carrasco e roubador de sonhos do nosso atual campeão seja o Tubarão.

O Londrina com toda a sua força e garra tem mostrado um futebol suficientemente agradável aos olhos de todos os torcedores. Com algumas emoções é claro. Mas, o que seria do nosso “ruralzão” sem um pouquinho de dor no coração?