Atletas curitibanos embarcam para a disputa do Parapan de Toronto

Atletas curitibanos vão disputar o quadrugby, tênis de mesa e também bocha

Curitiba será representada por 13 paratletas nos Jogos Parapan-americanos de Toronto 2015, que começam a ser disputados na próxima terça-feira (7), no Canadá. Destes, nove são beneficiários da Lei Municipal de Incentivo ao Esporte. O embarque para a cidade canadense acontece nesta quinta-feira (30). No total, o Paraná terá 16 paratletas na competição.

Entre os paratletas incentivados pela Prefeitura de Curitiba, estão cinco integrantes da seleção brasileira de quadrugby (modalidade de rugby disputada por atletas em cadeiras de rodas). Eles representam quase metade do time brasileiro, que terá uma delegação formada por 12 atletas.

A delegação curitibana terá também dois jogadores de tênis de mesa para pessoas em cadeiras de rodas e dois praticantes da bocha.

Esta boa representatividade de Curitiba na seleção brasileira do Parapan coloca a cidade como uma referência no paradesporto brasileiro, avalia Moisés Domingues Batista, jogador de quadrugby e coordenador de paradesporto da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (Smelj).

“Curitiba é referência pelo modelo desenvolvido na cidade, que agrega o poder público, entidades que atuam no paradesporto e a universidade. Além disso, temos a lei de incentivo, que possibilita o desenvolvimento dos paratletas”, comenta.

Os cinco jogadores de quadrugby integram a equipe curitibana Gladiadores. Um dos paratletas, Rafael Hoffmann, irá disputar seu quarto Parapan. O Brasil é a terceira força das Américas na modalidade, atrás de Estados Unidos e Canadá. Nas duas edições anteriores, a seleção obteve a medalha de bronze.

“Nossa expectativa é disputar pelo menos o bronze novamente, já que Canadá e Estados Unidos devem brigar pelo ouro”, diz.

Se no quadrugby são poucas as chances de uma medalha de ouro, o mesmo não se pode dizer do tênis de mesa para cadeirantes, modalidade na qual Curitiba estará representada por dois paratletas: Maria Luiza Passos e Claudiomiro Segatto.

Maria Luiza é uma veterana no esporte. Disputou seu primeiro Parapan em 1995 e foi a duas Paraolimpíadas, em Pequim e Londres. Sobre a expectativa de medalha, ela é otimista: “Meu objetivo é o ouro. Quero ir para o Rio”, comenta.

Segatto é um dos destaques da modalidade, pois é dono da segunda posição no ranking mundial e é o primeiro das Américas. Disputou os Jogos pela primeira vez em 2003. Desde então já conquistou nada menos de 13 medalhas, individuais e por equipe: seis de ouro, quatro de prata e três de bronze.

Seu objetivo é ganhar seu sétimo ouro, o que lhe garantirá a participação automática na Paraolimpíada do Rio de Janeiro, no ano que vem. “Considero este o principal evento da minha carreira, pois deve garantir a vaga para disputar a Paraolimpíada no meu país”, declara.

Paratleta da bocha, Richardson Fereira Rocha irá participar de seu primeiro Parapan. Segundo melhor brasileiro no ranking mundial ele espera disputar duas medalhas, uma nas duplas e outra no individual.

Para isto, ele precisará da ajuda de Adriana Almeida da Rocha, atleta guia, que tem a missão de orientar os arremessos do jogador, que é cadeirante.  “A bocha é um dos esportes pioneiros que a Secretaria Municipal do Esporte e Lazer ajudou a desenvolver”,  revela o paratleta, que é treinador pelo professor Darlan França, servidor da secretaria.

Incentivo

Para o diretor de departamento de Incentivo ao Esporte e Promoção Social da Smelj, Antônio de Medeiros, a Lei Municipal de Incentivo ao Esporte tem colaborado decisivamente para o desenvolvimento do paradesporto na cidade.

“A Lei de Incentivo facilita o intercâmbio e melhora no ranking, pois possibilita aos paratletas participaram de competições nacionais e internacionais. O incentivo permite que mais pessoas passem a praticar o esporte com regularidade, abrindo o caminho para que se tornem atletas de alto nível”, avalia.

Independentemente dos resultados que possam ser obtidos em Toronto, a política para o desporto em Curitiba é a grande vencedora, avalia o secretário Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Aluísio Dutra Júnior.

“O objetivo da política para o paradesporto é o desenvolvimento esportivo. Em decorrência deste bom trabalho feito em Curitiba, acabamos gerando bons atletas de alto rendimento. Mas, o objetivo final é dar autonomia e qualidade de vida a estas pessoas”, diz o secretário.

29 jul 2015, às 00h00.

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