Na tarde desta quarta-feira (28) o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, recebeu a imprensa para uma entrevista coletiva para falar sobre a greve dos ônibus na Capital e Região Metropolitana. A administração municipal aproveitou a ocasião para alfinetar o governador Beto Richa e pressionar o Governo do Estado sobre o sistema integrado de transporte. Fora isso, a coletiva do prefeito serviu para “anunciar o anúncio” da nova tarifa do transporte público da capital, que será feito na próxima sexta-feira (30).

Saiba mais: Prefeito acredita em possibilidade de locaute na greve de ônibus

A Prefeitura avisou que vai divulgar o valor das tarifas urbanas que, de acordo com Fruet, pode passar dos R$ 3, se levada em conta a inflação do período. Sobre as tarifas intermunicipais, o prefeito disse que o assunto depende do posicionamento do governo estadual. “Essa é uma responsabilidade do estado. Nós vamos anunciar as tarifas urbanas”, disse Fruet.

Para o prefeito, existem três alternativas para reajustar a tarifa e diminuir a diferença entre tarifa técnica e tarifa final. Fruet sinalizou que está descartada a possibilidade de repassar o preço integral da tarifa técnica para o passageiro.

A primeira hipótese levantada pelo prefeito seria colocar subsídio. Nesse caso, segundo ele, seriam necessários cerca de R$ 80 milhões ao ano. Mas o Governo do Estado apresentou à Urbs, no início do mês, uma proposta de R$ 2,3 milhões ao mês, o que daria menos de R$ 30 milhões no ano.

Confira na reportagem do RIC Notícias como foi a entrevista do prefeito:

As outras duas alternativas seriam: ou o governo assumir o transporte da Região Metropolitana ou a Urbs estabelecer preços diferentes para as linhas dentro e fora de Curitiba. Deste modo, os ônibus metropolitanos seriam mais caros.

Segundo o prefeito, a diferença numérica entre a tarifa do usuário e a tarifa técnica começou no final de janeiro de 2004, quando o então prefeito Cássio Taniguchi viajou ao exterior e Beto Richa, vice-prefeito na época, assumiu a Prefeitura e baixou a tarifa. Richa se elegeu prefeito de Curitiba em outubro do mesmo ano.

Gustavo Fruet usou as redes sociais para citar os fatores que, na opinião dele, levaram a atual crise no transporte coletivo:
1 – integração sem critérios ou planejamento
2 – licitação realizada há apenas 4 anos que não equacionou sistema
3 – falta de licitação das linhas metropolitanas
4 – e o uso político-eleitoral da questão, mantendo a tarifa do usuário em valor inferior a tarifa técnica.

Para saber o itinerário do seu ônibus em tempo real acesse o site da Urbs clicando aqui e informe o nome da linha que você utiliza

Leia mais:

Clique aqui e entenda os motivos da greve de ônibus em Curitiba e Região 

Governo do Paraná acusa URBS de “evasão de recursos” e “apropriação indébita”